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Na rota inversa dos vizinhos, Espanha corre para regularizar 500 mil imigrantes

Legalização automática de estrangeiros é a maior em 20 anos e partiu de uma iniciativa popular. Pedro Sanchez gesticula durante discurso no parlamento espan...

Na rota inversa dos vizinhos, Espanha corre para regularizar 500 mil imigrantes
Na rota inversa dos vizinhos, Espanha corre para regularizar 500 mil imigrantes (Foto: Reprodução)

Legalização automática de estrangeiros é a maior em 20 anos e partiu de uma iniciativa popular. Pedro Sanchez gesticula durante discurso no parlamento espanhol, em 7 de janeiro de 2020 Stringer/Reuters Enquanto os vizinhos Portugal, Itália e Reino Unido incrementam suas restrições para conceder vistos de trabalho, residência ou cidadania aos imigrantes, a Espanha acelera o motor para tomar a rota inversa. O governo agiliza os procedimentos no Parlamento para executar a maior regularização de imigrantes em duas décadas. Se der certo, como indicam as previsões, 500 mil pessoas sem documentos e que chegaram ao país até 31 de dezembro do ano passado serão legalizadas. O governo socialista de Pedro Sánchez pretende regularizá-las por meio de uma “autorização única para circunstâncias excepcionais”, de acordo com o rascunho do texto vazado pela imprensa espanhola. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O benefício exclui quem tem antecedentes criminais e não comprove a residência contínua no país. Deixa de fora também os que pediram asilo político e abandonaram o processo. Esses continuam no limbo. A proposta de regularização partiu da Iniciativa Legislativa Popular, que incentiva a regularização, alcançou 700 mil assinaturas e o apoio de 900 entidades sociais. Foi aprovada em abril do ano passado por todos os partidos, com exceção do ultranacionalista Vox, mas estava engavetada há um ano. O governo age agora a toque de caixa com grupos parlamentares para ter a regulamentação aprovada pelo plenário, uma vez que o clima político em relação aos imigrantes tem se revelado hostil, embalado também pelas campanhas contrárias em outros países. Alguns partidos, como o PP, tentam recuar do voto inicial, mas estão sob pressão de organizações sociais e religiosas para manter a iniciativa e integrar os imigrantes à sociedade. A Espanha foi eleita o país com melhor desempenho econômico em 2024, de acordo com o ranking da revista “The Economist”, realizado entre 37 economias mundiais. A revista ressaltou o crescimento anual do PIB do país, em torno de 3%, impulsionado por um mercado de trabalho robusto e altos níveis de imigração, “que aceleram mecanicamente a produção econômica”. Esta abordagem destoa claramente da que é praticada em países vizinhos, como Portugal, França, Reino Unido e Itália, e visam a limitar os direitos de imigrantes. "A Espanha precisa escolher entre ser um país aberto e próspero ou um país fechado e pobre", justificou Sánchez em outubro passado ao Parlamento. A regularização reforça a tese de que, com índices baixos de natalidade, o país tem que se escorar na imigração como alternativa para promover o crescimento e sustentar o Estado de bem-estar social. Como definiu o primeiro-ministro, é simples assim. LEIA TAMBÉM: Na rota inversa dos vizinhos, Espanha corre para regularizar 500 mil imigrantes 'Domo de ouro': escudo antimísseis dos EUA custará R$ 1 trilhão e é inspirado no 'Domo de Ferro' de Israel; entenda As perguntas que o anúncio de câncer de Biden levanta sobre sua saúde quando era presidente dos EUA Eleições em Portugal: coalizão de centro-direita vence, mas não consegue maioria no Parlamento

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